9 de novembro de 2010
Release your fear
Ela acordou com medo de perguntar.
Sentia muita vergonha por ser tão perdida e por não saber como agir. Guardou sua saliva e jurou não incomodar ninguém para pedir informação. Ela não sabia como chegaria na praça das flores, mesmo assim não quis perguntar.
Dentro de um ônibus, próximo a avenida principal, ela ficou calada, não considerou ao menos perguntar ao cobrador, que parecia ser só mais um reles mortal assim como ela. Não sabia onde tinha que descer.
Arriscou o passeio e confiou em seu sexto sentido. Não sabia como, mas sabia que chegaria. Não incomodaria.
Ela abriu o livro e deixou que as linhas daquela página a guiasse. Realmente ela não sabia de nada, só sabia que precisava acabar com o medo e perguntar de uma vez por todas.
Não era uma questão de auto-suficiência. Ela não pode esquecer. Deve lembrar todos os dias de perguntar.
Ela não perguntou e continuou sem saber. Não conseguiu chegar a praça das flores e fez o caminho de volta. Foi dormir e trouxe com ela o medo para o travesseiro.
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