Parabéns, você é mesmo boa nisso.
Não sou boa o bastante e nunca serei.
Vivo à custa do que não posso e do que eu consigo.
Aponte o seu dedo na minha cara, pode dizer.
Canse-me com o seu interminável discurso. Miúdo.
Poupe-me dos elogios e das ofensas.
Convença-me de que realmente não sou nada.
Sou imutável e sou ruim.
Sou inconstante e sem fim.
Sou instável e nunca sei de mim.
Vivo descalça na corda bamba, me equilíbrio de pensamentos e da minha agonia.
Não sei o que tem para amanhã.
Procuro um precipício, mas a queda não chega ao fim. Saco.
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