23 de agosto de 2011

Ah, que infelicidade a minha!

O que me sobrou? Quem me sobrou? Sinto o vazio gritar dentro de mim com gosto de café doce e frio.

O que fazer? Quem vai fazer? Vejo que nada pode ser feito. O dia caminha no vácuo cinza com gosto de chuva e poluição no meio do vento gelado.

O que me toca? Quem me toca? Intacta a tudo e a todos, ninguém me encosta. Só tenho aderência a você, assim como uma abelha presa na teia da aranha para virar comida.

O que me diz? Quem me diz? A voz já emudeceu e agora chegou a hora de ir embora.

Assim como o pássaro que rouba ração dos meus cachorros e sai batendo as asas desesperado para que ninguém o pegue. Tô aprendendo a dar nó em fumaça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário