17 de junho de 2010

REDE SOCIAL – rango azedo com pneumonia.


Não posso negar o avanço da tecnologia, e a facilidade que esse avanço nos oferece em tarefas rotineiras.
Pelo que me consta, começou para mim, com o surgimento do e-mail. Era possível nos correspondermos com as pessoas de forma rápida e prática. Veja bem, há seis anos nem todos tinham fácil acesso a internet, esse benefício ainda era caro; Nem todo mundo tinha um computador, nem internet e nem todo mundo aderiu a tecnologia. Confirmo a data, pois há seis anos fui morar em Recife, deixei família e amigos e ainda utilizava os serviços da ECT. Cheguei a receber uma dúzia de cartas e no primeiro mês a comunicação foi feita desta forma.
Alguns meses se passaram e logo foi possível acessar a internet, criar uma conta no MSN e me comunicar em tempo real com as pessoas. Me rendi a praticidade. Matava a saudade em minutos e tinha notícias tão rápido quanto a velocidade da luz.
Me lembro que meses depois o ORKUT entrou em cena e virou epidemia. Todo mundo tinha uma conta. Meu perfil foi criado pela minha irmã, ela já participava dessa rede e disse que seria legal se eu tivesse uma, para postar fotos e contar as novidades... Relutei, fiquei com um pouco de medo, sei lá, vai saber se essa epidemia tecnológica não tinha a ver com seres de outros planetas, com hackers que investigam sua vida para depois te chantagear, vai saber... Sim, eu sou muito neurótica! Ok, me convenceu, fiz a tal continha.
Ali o propósito era encontrar amigos distantes, amigos de infância, familiar sumido ou perdido através da sua rede de amigos. Isso passou rapidinho, o ORKUT virou autopromoção gratuita, uma leva de detetives e investigadores surgia, os bisbilhoteiros adoraram a nova ferramenta, era mais seguro do que olhar pelo buraco da fechadura. Conforme esta rede social crescia, outras redes sociais surgiam. Não demorou muito para eu querer-me ver livre dessa prisão e depois de várias tentativas, consegui cancelar a maldita conta.
O facebook foi coisa rápida em minha vida, criei um perfil para manter contato com um amigo dinamarquês que vinha para o Brasil. O cara só acessava o facebook, disse para eu fazer a conta para nos comunicarmos mais facilmente. O e-mail virou lenda e o MSN não vingou. Com fusos diferentes, aceitei o convite e me integrei a essa rede. Usei essa porcaria de serviço por um mês, cancelei a conta com mais facilidade que no Orkut e me livrei de mais uma. Ufa...
Quando achei que estava livre, eis que surge o twitter. Com um novo formato e a princípio com uma finalidade diferente e muito mais legal. Pesquisei e achei que seria uma boa idéia ter uma página onde pudesse escrever coisas interessantes, divulgar trabalho e qualquer material que alguma outra pessoa pudesse usufruir. Achei estranha aquela coisa de seguir alguém, que também me seguia e que seguia outra pessoa e descobrir uma nova pessoa para seguir, era uma perseguição sem fim. O que era para ser uma forte ferramenta de informação virou diário de anônimos e de celebridades, virou autopromoção em letras, virou e revirou tanto que acabou azedando.
Veja bem, mais uma vez, não estou julgando ninguém, apenas exponho minhas idéias sobre um assunto que já fez parte da minha vida e hoje em dia faz parte da vida de muita gente.
As pessoas se emocionam e acabam esquecendo para que serve aquilo ali. Ainda acho que é uma puta ferramenta de informação e de divulgação, é comunicação que vira notícia! Acho genial e recreativo, mas acho também que no meio dessa diversão tem que existir o bom senso.
O que é para ser proveitoso fica chato e ai não há nada no mundo que faça você tirar vantagem desse benefício. Criei este blog porque sou redatora, meu negócio é escrever e essa foi a maneira que eu encontrei de expressar as ideias, divulgar meu trabalho, trocar figurinha e conhecer outras cabeças pensantes que talvez tenham a mesma ideia que a minha.
Os convites para qualquer coisa são feitos virtualmente, o telefonema virou conversa no MSN, a boa e velha carta com cheiro de papel e caneta, é hoje nossa caixa de entrada. Até conhecer pessoas e ter relacionamento é feito pela internet. TÁMALUCOMERMÃO, como assim?!
Cada dia que passa tento abrir minha cabeça para essas novidades, mas confesso que ainda tenho receio. O choque entre a realidade e o mundo virtual me deixa perturbada e me mantém afastada da tela do computador e mais perto das pessoas.

*Existem muitas redes socias por aí, coloquei somente o que conheci e participei.

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