1 de outubro de 2010

Sustentabilidade emocional

Flores, madeira, mato e parede - o chão é testemunha das marcas que ela deixou. A parede azul não tem nada de céu. O inferno é branco, denso e claro. Não há escuridão, não há risco, não há precaução, não há cor. Não há ponto pra marcar, não há lição pra tirar, erros para consertar, nem ao menos um debate para argumentar. Não há regras, jogadores, adversários ou comparsas. É você com você mesmo, dentro de sua própria raiz.
A cor do jardim denuncia a falta de entusiasmo e satisfação. Não existem borboletas dentro dele, somente moscas varejeiras tentando incansavelmente sair da forma que não lhe serve.
O molde clássico da felicidade, histórias da carochinha, conselhos e ensinamentos que não se encontram na cartilha, ainda bem, ele não segue e nem acredita nesta maldita cartilha. Aprendeu a fazer do teto seu irmão gêmeo. O calo do coração foi cuidadosamente curado com gotas de alfazema, amor e limão. O amargo foi embora junto com as portas velhas e descascadas. Não existe melodia, não existe filme ou livro, a leveza do ser queimou a mão do amigo e o fluxo impediu o sentido de parar para acudir. Vazio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário