11 de janeiro de 2011


Parabéns, você é mesmo boa nisso.
Não sou boa o bastante e nunca serei.

Vivo à custa do que não posso e do que eu consigo.
Aponte o seu dedo na minha cara, pode dizer.

Canse-me com o seu interminável discurso. Miúdo.
Poupe-me dos elogios e das ofensas.

Convença-me de que realmente não sou nada.

Sou imutável e sou ruim.
Sou inconstante e sem fim.
Sou instável e nunca sei de mim.

Vivo descalça na corda bamba, me equilíbrio de pensamentos e da minha agonia.
Não sei o que tem para amanhã.

Procuro um precipício, mas a queda não chega ao fim. Saco.

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