5 de julho de 2011

Prosopopéia: o metal que imita prata

Torci o nariz e o meu saco já ta na lua com tanta falta de compaixão e bom senso.
Em tempos onde o amor parece querer ganhar força, nos deparamos com a falta de união e cumplicidade nas relações.

Ando em dúvida sobre a motivação das pessoas em estabelecer amizades, e em manter a lealdade e os valores intocáveis. Tá tudo tão corruptível...
Em troca de fidelidade e integridade somos ofuscados por atitudes indecorosas de gente que não está habituada a conviver com humildade e gratidão. Gente que não tem um pingo de ideia do que seja ter valores.

Me deparo constantemente com trocas que não vêm do coração e que não são reais. O ponto de partida de qualquer relação é feito somente a base de troca, e isso em qualquer campo vital. Se relacionar parece mais um contrato de interesse. A conveniência grita diante da generosidade, da amizade e de tudo que une a arte do encontro.

Me preocupo com comentários tendenciosos.
Me espanto com o fingimento deslavado de caras maquiadas que insistem em cuspir afirmações sem fundamento.
Me protejo contra a habilidade que alguns têm em cavar ocasiões oportunas.

Tudo o que eu mais queria era poder me livrar dessa burrice insensata de valores contorcidos e sentimentos alterados, inevitavelmente acabo sendo atingida.
Como pode alguém declarar originalidade e fidelidade se nem mesmo tem o caráter definido e uma bandeira a levantar?

Empolei. Empolamos. E assim empolaremos e a vida continua.

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